O que é a criptomoeda Unagi (UNA)? Vale a pena?

Nos últimos anos, as criptomoedas deixaram de ser apenas uma curiosidade tecnológica para se tornarem protagonistas de transformações econômicas globais. Seja pela promessa de renovar os sistemas financeiros ou pelos ganhos surpreendentes de certos ativos digitais, é inegável que o mundo passou a enxergar as possibilidades desse mercado. Em meio a milhares de moedas digitais disputando espaço, algumas se destacam por suas propostas inovadoras – e é aqui que entra a UNA, um projeto que tem ganhado cada vez mais atenção no universo das finanças descentralizadas (DeFi).

Antes de mais nada, a UNA não é apenas “mais uma criptomoeda”. Seu propósito vai muito além. Ela funciona como uma base flexível e poderosa no universo DeFi, permitindo a criação de contratos financeiros sintéticos na blockchain. Sim, isso pode parecer intimidador para quem não está familiarizado com esses conceitos, mas vamos explorar tudo isso passo a passo para que você entenda o que é a UNA e por que ela tem potencial para transformar o mercado.


O que é a UNA?

A sigla UNA vem de Universal Market Access, ou “Acesso Universal ao Mercado” em português. Sua proposta é democratizar o acesso às oportunidades financeiras globais. Enquanto muitas criptomoedas oferecem soluções específicas – como meios de pagamento ou reserva de valor –, a UNA busca colocar ferramentas financeiras avançadas nas mãos de qualquer pessoa, em qualquer lugar.

Na prática, o protocolo permite a criação e gestão de contratos financeiros sintéticos. Esses contratos representam ativos na blockchain sem a necessidade de possuí-los diretamente. Parece complicado? Pense assim: é como negociar ações da Tesla ou ouro sem comprá-los fisicamente ou sequer ter uma conta na Bolsa de Valores tradicional. É um sistema baseado em eficiência e acessibilidade.

Esse conceito impacta profundamente os mercados financeiros descentralizados. Ele possibilita a criação de instrumentos derivados – como futuros e swaps – sem depender de bancos ou grandes instituições como intermediários. Isso é revolucionário, pois abre novas possibilidades tanto para profissionais do setor financeiro quanto para qualquer pessoa interessada em explorar novos horizontes econômicos.

O que torna a UNA única?

O mercado financeiro tradicional enfrenta barreiras conhecidas: burocracia, taxas altas e exclusão econômica de regiões inteiras. A proposta da UNA é romper essas barreiras, permitindo que qualquer pessoa crie ativos financeiros personalizados diretamente na blockchain.

Por exemplo, imagine criar um token sintético atrelado ao preço médio das casas em São Paulo ou à inflação da sua cidade natal. Com a plataforma da UNA, isso é possível e relativamente simples. Além disso, o projeto se destaca por seu enfoque em segurança e descentralização. Para evitar dependência de validações centralizadas, a UNA utiliza um mecanismo chamado priceless contracts (“contratos sem preço”).

Na prática, esses contratos operam sem um oráculo centralizado para validar preços constantemente, o que reduz custos operacionais e vulnerabilidades a ataques externos. É uma abordagem inovadora que combina eficiência e segurança.


Quem está por trás da UNA?

A UNA foi cofundada por Hart Lambur e Allison Lu em 2018. Hart Lambur construiu sua carreira como operador financeiro no Goldman Sachs, acumulando ampla experiência em sistemas financeiros tradicionais antes de explorar o mundo do blockchain. Allison Lu, por sua vez, também traz uma bagagem relevante, tendo trabalhado com fintechs antes de se aventurar no universo cripto.

O diferencial dessa dupla está na fusão entre conhecimento técnico profundo e uma visão clara de como modernizar mercados globais. Não se trata apenas de criar mais uma moeda digital para especulação; eles querem construir ferramentas práticas para resolver problemas reais.

Como funcionam os contratos sintéticos?

Os contratos sintéticos são amplamente utilizados no mercado financeiro tradicional sob diferentes formas, como derivativos. Eles permitem que se invista no comportamento de um ativo sem possuí-lo fisicamente. Na blockchain, todo o processo ocorre sem intermediários centralizados, confiando inteiramente na tecnologia subjacente – daí sua associação direta com DeFi.

No caso da UNA, seus contratos “sem preço” utilizam mecanismos específicos para evitar problemas comuns associados aos oráculos (sistemas externos usados para consultar dados fora da blockchain). Essa abordagem torna os contratos mais eficientes, seguros e acessíveis.


Usos práticos da UNA

Depois de entender os conceitos por trás da UNA, você pode se perguntar: “Como isso funciona na prática?”. É aqui que as possibilidades começam a aparecer.

Imagine que você mora em um país onde a moeda local é instável, algo comum em economias frágeis. Com o protocolo da UNA, é possível criar ativos sintéticos atrelados ao dólar ou a um índice de inflação global. Mesmo sem acesso direto a bancos ou mercados internacionais, você pode usar a blockchain para preservar o valor do seu patrimônio.

Além disso, a UNA permite criar produtos financeiros personalizados, antes acessíveis apenas a grandes investidores institucionais. Por exemplo, tokens sintéticos que rastreiam o desempenho do setor de tecnologia ou até mesmo a evolução climática. É uma mistura de criatividade financeira e tecnologia sem barreiras visíveis.

O mais interessante é que esses contratos não precisam de intermediários. Tudo ocorre de forma automatizada e descentralizada, garantindo acessibilidade para pessoas em qualquer lugar do mundo.


UMA no ecossistema DeFi

No universo das finanças descentralizadas, cada projeto ocupa seu espaço, mas nem todos têm o mesmo peso ou relevância. A UNA se destaca por sua capacidade de “destravar” mercados inexplorados. Ao permitir que qualquer pessoa participe de mercados financeiros globais, a UNA expande os horizontes econômicos do DeFi.

Enquanto muitas plataformas reproduzem serviços bancários básicos no blockchain, como pagamentos ou empréstimos, a UNA vai além ao permitir a criação de instrumentos financeiros totalmente novos. No entanto, o projeto ainda enfrenta desafios para alcançar uma audiência mais ampla além dos entusiastas de contratos sintéticos.


Concorrentes e desafios

Entre os concorrentes da UNA estão projetos como Synthetix e MakerDAO, que também oferecem soluções para ativos sintéticos e finanças descentralizadas. O que diferencia a UNA é o uso dos priceless contracts, que não exigem validações constantes e oráculos on-chain em tempo real. Isso reduz custos e evita vulnerabilidades comuns em alternativas mais centralizadas.

No entanto, essa abordagem apresenta desafios. Sem dados constantes dos preços na blockchain, pode haver uma curva de aprendizado maior para novos usuários. Além disso, competir com nomes consolidados exige criar uma conexão forte com o público, o que pode ser desafiador.


Vale a pena investir na UNA?

A grande questão é: faz sentido investir na UNA? A volatilidade do mercado cripto é notória, e mesmo projetos robustos podem enfrentar dificuldades devido à rápida evolução tecnológica ou falta de adoção em massa.

  • Vantagens: A UNA oferece uma visão inovadora no DeFi e conta com uma equipe técnica confiável.
  • Riscos: O mercado ainda precisa abraçar sua proposta completamente, e os concorrentes são fortes.
  • Histórico: A valorização da UNA tem flutuado, mas vale acompanhar os desenvolvimentos futuros.

Se você acredita na proposta dos contratos sintéticos como um divisor de águas no DeFi – e entende os riscos do setor –, a UNA pode ser um investimento promissor. No fim das contas, investir na UNA não é só sobre dinheiro – é sobre acreditar na transformação dos mercados financeiros globais. Agora cabe a você decidir se esse é um barco no qual vale a pena embarcar.


Como comprar

Abaixo você pode conferir o nome das exchanges que aceitam brasileiros, bem como um passo a passo para aprender como criar uma conta e realizar a compra em cada uma delas.

Cada uma tem sua peculiaridade, mas a maioria delas aceita depósito bancário em reais e algumas oferecem a opção de pagamento em cartão de crédito ou via PIX.

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