Lentamente o Bitcoin está se tornando mainstream. No início da última década, criptomoedas eram vistas como ferramentas do crime, associadas a drogas e hackers. Pelo menos essa era a narrativa da imprensa. Sempre que o preço do Bitcoin subia, os jornais diziam que se tratava de uma bolha especulativa, mesmo com o preço abaixo dos $100,00. Mas a mídia não conseguiria sustentar tal definição por muito tempo. Aos poucos, o Bitcoin foi ganhando espaço entre universidades, eventos; países com descontrole de inflação começaram a buscar o Bitcoin como alternativa, mídias alternativas como o Youtube começaram a ter defensores do conceito de descentralização, e um movimento pró-cripto se iniciou.
O último ápice
Em 2017, boa parte da população ouviu falar de Bitcoin pela primeira vez, e talvez tenha se convencido de que valia a pena investir nesse ativo. O gráfico abaixo fala por si próprio:
Porém, é evidente que a subida de 2017 foi rápida demais. A arquitetura do Bitcoin ainda não estava pronta para receber tantas transferências ao mesmo tempo, o que causou um aumento no valor das taxas na rede, congestionamento e problemas de escalabilidade. Não demorou muito para que o alto valor alcançado em dezembro de 2017 caísse em 2018 e terminasse o ano na faixa dos $ 3.000,00 (uma queda de mais de 80%).
Evidentemente, os iniciantes ficaram muito preocupados com essa situação, e a pergunta mais comum passou a ser: o Bitcoin vai morrer? Para quem conhece o ativo a mais tempo, sabe que essa não foi a primeira vez (nem será a última) em que isso acontece. Aliás, se você ainda não sabe o que é Bitcoin, leia esse artigo. Depois de compreender o que é a tecnologia blockchain e por que o Bitcoin é tão inovador, você certamente compreenderá que as criptomoedas representam o futuro. Os governos hoje detêm o controle das moedas estatais, imprimem e lançam moedas no mercado a todo o tempo de acordo com seus interesses, e isso causa enormes problemas para a economia. Precisamos de uma moeda que não seja manipulada por uma unidade centralizadora, precisamos de uma moeda que é guiada somente pelo conceito de oferta e demanda do mercado, pois essa seria a alternativa mais saudável para uma economia. Mas a pergunta que fica é: qual o melhor momento para comprar Bitcoin?
Os ciclos do Bitcoin
Desde sua criação em 2008, o preço do Bitcoin segue alguns ciclos. A cada 4 anos, ocorre o chamado halving, que diminui a recompensa da mineração pela metade. Historicamente, o preço do Bitcoin sobe de forma consistente após esses períodos, como podemos ver na figura abaixo (as linhas laranjas verticais marcam os dias em que o halving aconteceu).
O próximo halving está marcado para Maio de 2020. Se você for reparar, já passamos pelo momento de correção mais acentuada, que seria o melhor ponto para comprar Bitcoin (final de 2018 – início de 2019), e ainda não iniciamos o chamado crescimento parabólico, que costuma ocorrer cerca de um ano e meio após o halving. Isso significa que é bem provável que a partir de 2020 o preço do Bitcoin comece a buscar novas máximas, e atinja um patamar nunca visto antes por volta do final de 2021. Então isso responde a pergunta “qual o melhor momento de comprar Bitcoin”. Hoje pode ser um bom momento! Todos os gráficos mostrados nesse artigo consideram a cotação em dólar, você pode usar um conversor de bitcoin para verificar a cotação com outras referências.
A próxima crise econômica
É muito provável que essa década seja marcada pela próxima crise econômica mundial, pois o endividamento das famílias está no seu auge, a manipulação de juros baixos está muito descasada com a realidade (os governos estão tentando de tudo para estimular a economia, nunca se teve juros tão baixos por tanto tempo), e quando a crise explodir, não haverá muita alternativa para tirar a economia da crise, afinal os juros baixos costumam ser o recurso mais imediato, mas essa carta já foi gasta.
Nesse cenário, as criptomoedas podem ganhar destaque mostrando a importância de um sistema alternativo mais justo, que pode colaborar muito para evitar crises mundiais.
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