Diferentemente do que costuma ocorrer no mercado de criptomoedas, no caso da Ethereum, o fork acabou se tornando a moeda mais popular que o projeto original.
Inicialmente, existia apenas um projeto, até que após a abertura do venture capital em 2016 para arrecadar fundos para o lançamento de smart contracts, um hacker acabou encontrando uma falha no código e roubou $ 50 milhões em Éther. Na hora de decidir o que fazer diante dessa situação, a comunidade entrou e desacordo e se dividiu em duas partes: Ethereum e Ethereum Classic.
Ethereum Classic seria o projeto original, enquanto Ethereum representaria o fork do novo projeto. As diferenças de filosofia basicamente se concentravam entre:
- Alterar as premissas do código mesmo depois de já ter estabelecido regras publicamente, desde que seja conveniente (princípio Ethereum);
- Respeitar o que foi estabelecido publicamente, considerando que “código é lei” e nenhum grupo de pessoas pode deliberadamente interferir em contratos que já foram estabelecidos (princípio Ethereum Classic).
Como a maior parte da comunidade acabou migrando para a Ethereum (ETH), essa moeda acabou ficando com a maior parte do mercado (a maioria dos ICOs hoje acontece na plataforma Ethereum em vez da ETC), mas excelentes desenvolvedores e engenheiros decidiram ficar com o projeto original ETC, entre eles, Charles Hoskinson (que foi diretor executivo da Ethereum em 2014).
Atualmente, uma equipe muito forte de cientistas, PHDs, criptógrafos e desenvolvedores experientes trabalham no código da Ethereum Classic. Uma das empresas que coordena a ETC é a IOHK (a mesma que coordena o projeto Cardano).
Diversas funcionalidades exclusivas estão sendo desenvolvidas sob o protocolo ETC; é possível acompanhar as previsões de atualizações no roadmap oficial.
Em termos de filosofia de decisões sólidas e concisas, a Ethereum Classic se assemelha muito mais ao Bitcoin e ao princípio da descentralização do que a Ethereum.
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