Com a rápida ascensão das criptomoedas, cada vez mais pessoas estão se interessando por esse mercado, tentando entender como funciona e se é seguro ou não.
Nesse artigo, iremos explicar dois aspectos de segurança: a segurança do ponto de vista de transação e a segurança do ponto de vista de investimento em Bitcoin e outras criptomoedas.
É seguro comprar e vender Bitcoin?
Nesse aspecto, a resposta é simples: sim. No Brasil, para comprar Bitcoin você pode escolher uma exchange (funciona como se fosse uma corretora), depositar seu dinheiro e realizar a compra de Bitcoin com muita facilidade.
Alguma exchanges que atuam no Brasil são de confiança e operam milhões de reais todos os dias.
Obs: a maioria delas aceita compra apenas de Bitcoin e Litecoin, mas se você quer comprar outras criptomoedas, basta transferir seus bitcoins adquiridos para uma exchange internacional e trocar por outras criptomoedas depois.
Se você quiser aprender como comprar Bitcoin, leia esse artigo, ou esse se quiser comprar com cartão de crédito.
Logo após realizar sua compra, para ter mais segurança, o recomendado é guardar seus Bitcoins em uma wallet particular em vez de deixar parado na exchange.
É seguro investir em Bitcoin e/ou outras criptomoedas?
Agora chegamos na grande questão. Antes de mais nada, é preciso compreender que não existe investimento seguro. Todo e qualquer tipo de investimento está sujeito a algum risco. Até mesmo a poupança tem seus riscos: está sujeita a decisões governamentais (quem não lembra o que ocorreu no governo Collor?) e à administração do banco (se o banco quebrar, seu dinheiro é perdido. Existe um seguro automático para isso – FGC – mas se bancos grandes quebrarem, dificilmente o FGC conseguiria cobrir todos os indivíduos). Tesouro direto também tem seus riscos, está sujeito à saúde financeira do governo. Comprar ouro tem seus riscos, afinal o valor do ouro também oscila a partir de muitas variáveis.
Até mesmo deixar seu dinheiro guardado no colchão de sua casa (o pior investimento possível em termos de retorno financeiro) não é seguro, pois está sujeito a roubo e catástrofes naturais.
Então a pergunta correta que deve ser feita é: o quão seguro é o Bitcoin quando comparado a outros tipos de investimento? Vamos colocar abaixo os principais pontos que caracterizam os riscos do Bitcoin desvalorizar com o tempo e você perder dinheiro:
1) Descrédito na tecnologia
Risco: muito baixo
Atualmente, investir em Bitcoin é apostar em uma nova tecnologia, um novo sistema que pode revolucionar a maneira como realizamos transações financeiras. Portanto, um dos riscos no investimento em Bitcoin é o risco das pessoas passarem a desacreditar nessa tecnologia, percebendo que não é tão útil como se pensava ser, ou encontrando problemas/dificuldades/inseguranças que revelem as fragilidades no sistema.
Esse risco é muito baixo pois não há dúvidas de que a tecnologia por trás do Bitcoin é disruptiva e extremamente útil para as mais diversas aplicações. Atualmente existem centenas de cientistas, doutores, PHDs, engenheiros, empresários, bancos e grandes corporações realizando estudos sobre o blockchain (tecnologia que sustenta o Bitcoin). Além disso, o Bitcoin já é utilizado na prática por milhões de pessoas, e tem provado ser mais seguro do que o sistema atual de transações bancárias. Dificilmente a tendência se inverteria nesse sentido.
2) Intervenções governamentais
Risco: médio
Esse é o maior e mais perigoso risco que o Bitcoin sofre. Qualquer país que decidir proibir transações em Bitcoin pode afetar o mercado como um todo, principalmente se for um país de grande expressão para a moeda, como a China, ou os EUA. De maneira geral, sempre que um novo país regulamenta a utilização do Bitcoin ou simplesmente não proíbe, o Bitcoin valoriza, pois uma nova demanda surge e a confiança na moeda aumenta.
Por outro lado, sempre que um país se opõe ao Bitcoin a notícia é negativa para o mundo todo pois diminui a demanda e aumenta a chance de outros países imitarem a medida.
Atualmente, o cenário do Bitcoin do ponto de vista governamental está bastante positivo, pois a grande maioria dos países não proíbe a moeda. Infelizmente, poucos tem a moeda regulamentada, a maioria não possui legislação ou posição definida sobre a questão. Isso gera uma insegurança no sentido de que a qualquer momento pode surgir uma nota de proibição, apesar de que são raros os países que se opuseram à moeda até agora.
Até o presente momento, a tendência tem sido mais e mais países se pronunciando de forma não proibitiva. Isso tem feito a moeda se valorizar a cada nova declaração de um novo país, e a tendência é continuar.
O maior problema que pode ocorrer é que em algum momento os governos vejam o Bitcoin como uma ameaça às finanças do país ou recebam pressões dos bancos para proibir a moeda. Isso causaria um efeito muito negativo e os preços iriam para baixo muito rápido.
Obs: na prática, nenhum governo tem poder para acabar com a moeda. Mesmo que o Brasil proibisse transações com Bitcoin, por exemplo, você conseguiria comprar e vender a moeda de forma anônima sem ser rastreado pelo governo, desde que tenha conhecimento suficiente para tal. Porém, estaria correndo um risco legal. Certamente a maioria das pessoas não gostaria de correr esse risco e sairia do mercado, causando uma forte pressão nos preços para baixo.
Veja nesse artigo alguns estudos que fizemos sobre as posições dos países em relação às criptomoedas. É importante que você tire suas próprias conclusões sobre a posição atual dos governos e sobre o risco envolvido nesse aspecto.
3) Declarações de famosos ou da mídia
Risco: baixo
Esse ponto é curioso mas não pode ficar de fora da lista dos riscos. Cada vez mais pessoas têm se pronunciado a favor ou contra o Bitcoin, e isso sempre influencia os preços de alguma forma. Quando um nome bastante conhecido no mercado internacional como Warren Buffet faz declarações do tipo “Bitcoin é uma bolha“, é natural que muitos investidores sejam influenciados e decidam não investir na moeda. Se muitos personagens famosos resolverem atacar a moeda, isso representa um risco potencial contra a adoção em massa.
Por outro lado, existem muitos personagens famosos defendendo a moeda, como John McAfee, por exemplo. A tendência de um modo geral é que empresários com perfil mais conservador, não ligados a áreas digitais, ou ainda bancários, se mostrem contrários à moeda, enquanto empresários mais ligados à tecnologia se mostrem favoráveis. Dificilmente haverá uma onde declarações negativas somente por parte dos “famosos” em geral, o esperado é que haja uma divisão nesse sentido, com uma tendência de aumentar as opiniões positivas à medida que a moeda vá ganhando popularidade.
Em relação à mídia, ela sempre será exagerada em tudo. Quando o Bitcoin estiver caindo, ela vai dizer que é uma bolha ou que é uma farsa, e quando estiver subindo ela vai dizer que é o futuro e que todos estão comprando. Infelizmente, a influência da mídia tradicional na maior parte das vezes é negativa pela falta de conhecimento sobre o assunto.
4) Bolha financeira
Risco: desconhecido
Bolha financeira é quando um ativo fica sobrevalorizado sem motivo real, ou seja, quando alguma força especulativa faz o preço atingir valores muito mais elevados do que deveria, sem princípios fundamentalistas. Um dos maiores ataques que o Bitcoin sofre é justamente o de ser taxado como bolha financeira.
Nesse sentido, é muito difícil de avaliar o Bitcoin como uma bolha. De um lado temos uma valorização sem precedentes, muito rápida, num forte movimento ascendente constante. Poucas coisas no mundo valorizaram tanto em tão pouco tempo como o Bitcoin. Isso levanta as suspeitas de bolha. Pode ser que em breve comece um forte movimento de venda, quando grandes investidores decidirem que está na hora de realizar seus lucros. Se o mercado do Bitcoin é majoritariamente especulativo, isso faria com que os demais pequenos investidores também vendam seus bitcoins, por medo.
Porém, de outro lado, existem motivos para isso estar acontecendo, como a aceitação de mais países, mais empresas grandes anunciando que aceitam Bitcoin como meio de pagamento, a constante adoção das massas tanto para meio de troca como para investimento de longo prazo, fundos de investimento utilizando Bitcoin como hedge financeiro ou como item de portfólio, corretoras abrindo espaço para virarem exchanges, entre outros fatores.
Analisando os fatores, é difícil de compreender se o preço do Bitcoin possui características de bolha ou não, apenas o tempo dirá. De qualquer forma, se fosse uma bolha, por que ainda não estourou? Pouca gente se pergunta isso, mas o mercado da moeda já existe há mais de 10 anos, ultrapassou a casa de centenas de bilhões de dólares, teve momentos de queda forte, mas sempre se recuperou, mesmo depois de eventos que poderiam prejudicar bastante o preço. Se de fato fosse uma bolha, talvez já devesse ter estourado há muito tempo atrás. Inclusive, quem não acredita no Bitcoin pode apostar contra, tanto em mercados futuros de derivativos como usando opções binárias. A corretora Deriv, por exemplo, é uma plataforma bastante utilizada ao redor do mundo para operar posições otimistas ou pessimistas em relação ao futuro do preço do BTC.
Vale a pena investir em Bitcoin?
Depois de ver todos esses riscos, talvez você esteja com medo de investir na moeda. Mas considere o seguinte, se nenhum desses eventos negativos ocorrer (sendo a probabilidade naturalmente baixa em geral), a tendência é que o Bitcoin valorize cada vez mais, pois a oferta da moeda é limitada e a demanda pode aumentar muito ainda. Apesar do mercado em criptomoedas já ser bastante expressivo, ainda não representa nada quando comparado a ativos financeiros como ações, por exemplo. O volume negociado de ações ultrapassa a casa dos trilhões de dólares. Com o mercado ficando mais aderente ao Bitcoin cada vez mais, isso facilitará o processo de compra e venda e cada vez mais pessoas terão interesse em utilizar a moeda. Isso jogará o preço cada vez mais para cima.
Portanto, considerando os riscos e os pontos positivos, talvez seja interessante que você tenha ao menos um pouco do seu capital investido em Bitcoin ou outra criptomoeda para não perder esse movimento antes que seja tarde demais. Obviamente, você não deve colocar todo o seu capital em criptomoedas, mas algo como 5%, por exemplo, seria uma medida prudente.
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